Acreditamos que a doença não é um ponto final, mas uma pausa na vida das pessoas — Ligue para 0800 222 2224
Para levar informação à população, o Instituto Lado a Lado pela Vida realiza, desde sua fundação em 2008, iniciativas para promover a mudança de comportamento dos homens.
Em 2011, o Instituto lançou o Novembro Azul no país, com o objetivo de conscientizar e orientar os homens acerca da sua saúde; estimular uma importante mudança de hábitos, e também trabalhar por um melhor acesso da população masculina à saúde de forma integral.
Atualmente, é o maior movimento em prol da saúde do homem no país.
Aqui você encontra materiais, conteúdos e orientações confiáveis para entender melhor a doença e seus cuidados.
A campanha Novembro Azul faz parte do calendário nacional, com a adesão da sociedade como um todo – incluindo o Ministério da Saúde, hospitais, empresas de diversos segmentos, artistas, influenciadores, atletas, imprensa e a população em geral.
O Novembro Azul é o único movimento brasileiro que se dedica a divulgar informações sobre a saúde integral do homem, com maior ênfase à conscientização para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, que anualmente leva mais de 16 mil brasileiros à morte anualmente.*
Foi a partir desta campanha que os homens brasileiros, do Oiapoque ao Chuí, tomaram consciência de que precisam assumir a responsabilidade e o protagonismo de cuidar da própria saúde.
A campanha já impactou mais de 100 milhões de cidadãos e é o resultado de um enorme trabalho que reúne não só o Instituto Lado a Lado pela Vida, mas nosso Comitê Científico, outros profissionais da saúde, parceiros de vários segmentos, voluntários, pacientes, cuidadores e familiares para compartilhar informações valiosas para a saúde dos homens.




O câncer de próstata é um tumor que se desenvolve na próstata, uma glândula presente apenas nos homens, localizada abaixo da bexiga e que ajuda a produzir o sêmen. É um dos tipos de câncer mais comuns entre os homens, principalmente após os 50 anos.
Alguns fatores aumentam as chances de desenvolver a doença:
Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas. Quando aparecem, podem incluir:
Embora não exista uma forma 100% eficaz de evitar o câncer de próstata, algumas atitudes ajudam a reduzir o risco e a manter a saúde:
O diagnóstico pode ser feito por meio de exames:
A recomendação sobre a idade e a frequência para realizar os exames deve ser discutida com um médico, considerando fatores de risco individuais.
O tratamento depende do estágio da doença e das condições de saúde do paciente. Pode incluir:
Com diagnóstico precoce, as chances de sucesso do tratamento são muito maiores.
Fontes:
INCA
Ministério da Saúde
Hoje, a Campanha Novembro Azul é o maior momento em prol da saúde do homem no Brasil.
Este ano, a Campanha Novembro Azul alcança sua 13ª edição, abrangendo todo o País com grande adesão e engajamento de diversos públicos. Esse sucesso é resultado de anos de trabalho contínuo, marcado por pesquisas sobre a saúde masculina e por ações em eventos e nas ruas, que revelam as dificuldades enfrentadas pelos homens em cuidar de sua saúde. A campanha também inclui escuta e orientação para os pacientes com câncer de próstata, informações sobre a doença, tratamento e reabilitação, visando esclarecer dúvidas e auxiliar na superação dos desafios enfrentados por esses homens.
O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente entre homens no Brasil e a segunda maior causa de morte por câncer nessa população. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno permanecem como desafios significativos para o sistema público de saúde. Ao longo de seus 13 anos, o Novembro Azul tem promovido a conscientização sobre esses temas, ampliando o debate para outras questões de saúde masculina e incentivando o autocuidado e o acompanhamento médico regular.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), por ano, ocorrem cerca de 72 mil novos casos de câncer de próstata, com aproximadamente 16 mil mortes pela doença. O câncer de próstata quando diagnosticado precocemente, tem 90% de chances de cura. Outro dado importante é que os homens vivem cerca de 7 anos a menos do que as mulheres, sendo que, não só por desenvolver câncer, mas por outras doenças que impactam a saúde do homem, incluindo aspectos comportamentais.
Para a campanha de 2024, o mote “Saúde do Homem, Cada Passo Conta” foi criado para lembrar que a jornada pela saúde é um caminho que exige passos de coragem e compromisso ao longo da vida. Na identidade visual, o labirinto é o símbolo central, sendo um caminho que muitos não enxergam a saída – enfrentando as dúvidas, os desafios e, muitas vezes, o pesado estigma que impede vários homens de buscar ajuda médica ou cuidar da própria saúde.
A ideia de que “cada passo conta” se relaciona com a travessia desse labirinto: assim como em um labirinto, a jornada pela saúde exige decisões constantes. Pequenas escolhas, como marcar consultas preventivas, adotar hábitos saudáveis, fazer exames e buscar informações, são passos que podem fazer toda a diferença para uma vida mais longa e com qualidade. A imagem do labirinto reforça essa noção de que o caminho pode ser complexo, mas cada avanço em direção ao cuidado e à saúde é fundamental e transformador. O mesmo vale para os passos e respostas que o sistema de saúde precisa dar para a inclusão e acesso do homem a uma jornada integral no enfrentamento do câncer de próstata.
O Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em 2011 e é hoje o maior movimento em prol da saúde masculina no Brasil.
Uma campanha 100% nacional e de domínio público, com essa visibilidade e magnitude, não poderia ficar sem embaixadores oficiais que defendam e promovam essa causa.
Deputado Federal
Professor, Jornalista e Psicanalista. Ex-paciente oncológico.
Cuidar da saúde vai muito além de procurar ajuda quando algo não vai bem. A saúde integral do homem envolve olhar para o corpo e a mente de forma completa, prevenindo doenças, adotando hábitos saudáveis e buscando acompanhamento médico regular. Esse cuidado é fundamental para viver mais e melhor.
As doenças cardiovasculares, como infarto e pressão alta, são as principais causas de morte entre os homens no Brasil. O risco aumenta com fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo, estresse e má alimentação. Manter uma rotina de exercícios, ter uma alimentação equilibrada, controlar o peso e medir a pressão regularmente são atitudes simples que fazem grande diferença na saúde do coração.
Entre os tipos de câncer mais comuns nos homens estão o câncer de próstata, o de pulmão e o de intestino. A detecção precoce aumenta muito as chances de tratamento eficaz. Por isso, é importante manter exames em dia e conversar com o médico sobre fatores de risco individuais. Além disso, a imunização também é uma forma de prevenção: vacinas como a contra o HPV e a hepatite B ajudam a proteger contra doenças que podem evoluir para câncer.
A saúde mental ainda é um grande desafio para os homens, que muitas vezes evitam falar sobre sentimentos ou pedir ajuda. Estresse, ansiedade e depressão podem afetar diretamente a qualidade de vida e até aumentar o risco de doenças físicas. Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo: buscar apoio psicológico, conversar com amigos e familiares, ter momentos de lazer e cuidar do sono são práticas que fortalecem a saúde emocional.
A saúde sexual também é parte fundamental do bem-estar masculino. Problemas como disfunção erétil e baixa testosterona podem estar ligados a doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, além de impactarem a autoestima e os relacionamentos. Consultas regulares com o urologista, hábitos de vida saudáveis e a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) fazem parte desse cuidado.
Os homens vivem, em média, menos que as mulheres e têm maior risco de morrer antes dos 70 anos. Muitas vezes, eles só procuram atendimento quando já estão muito doentes, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento. Fatores como a ideia de “invulnerabilidade” e tabus relacionados à masculinidade ainda afastam muitos homens do cuidado preventivo.
Segundo o Ministério da Saúde, 56% das mortes por doenças crônicas no Brasil acontecem entre os homens. Além disso, eles morrem mais por causas externas, como acidentes e violência, e apresentam taxas muito altas de doenças do coração e câncer. A boa notícia é que grande parte dessas mortes poderia ser evitada com prevenção e acompanhamento médico.
Em resumo: cuidar da saúde integralmente (corpo e mente) pode evitar grande parte dos problemas que mais atingem os homens. Prevenção, exames de rotina, alimentação equilibrada, atividade física e menos tabus em relação ao autocuidado são passos essenciais para viver mais e melhor.
Muitas vezes, o paciente com câncer de próstata passa para um processo de adaptação à nova rotina e isso também inclui a vida sexual.
Em alguns casos, a medicação usada para tratar a doença tem como efeito colateral inibir a libido sexual. Em outras situações,
o paciente pode ficar desmotivado ou deprimido, e isso também afeta a relação do casal.
Mas é preciso destacar que é possível manter uma vida sexual ativa durante o tratamento. O momento vivido também oferece
ao paciente uma oportunidade para se redescobrir, conquistar novos comandos e sensibilidades do próprio corpo.
É natural que o paciente oncológico passe por algumas situações de instabilidade com a autoestima, mas é neste momento
que entra em cena o amor, companheirismo e criatividade em busca de alternativas para manter a vida sexual ativa.
O risco de disfunção erétil durante o tratamento também existe, mas tende a ser menor quando a doença é detectada precocemente ou em etapas iniciais. Ela pode ser temporária, e, ainda que seja permanente, há medicamentos, próteses
e implantes que funcionam bem para mitigar essa condição.
Para evitar a ansiedade, é fundamental ter uma conversa franca com o médico, para que ele seja capaz de identificar o que está afetando o desejo sexual e oferecer soluções. Profissionais da sexologia também podem auxiliar nesta etapa, por meio
de orientações e indicando novas opções para o casal manter a vida sexual ativa.
Veja o que pode ser afetado na vida sexual do paciente com câncer de próstata:
Ao notar alguns desses sinais, não hesite: questione seu médico e, durante essa consulta, é indispensável que o(a) parceiro(a) esteja presente também para sanar suas dúvidas e propor soluções em conjunto.
Outra preocupação que pode acometer pacientes do câncer de próstata é se a fertilidade será mantida. Esse é um assunto que deve ser discutido com seu médico, pois existem formas alternativas de preservar a fertilidade. Em alguns casos, o paciente, mesmo com filhos, não quer perder a fertilidade e por isso é necessário avisar precocemente seu médico, antes do início do tratamento.
Durante o tratamento quimioterápico, o paciente pode desenvolver a azoospermia, que se caracteriza pela falta de espermatozoides.
E para resolver essa questão, há duas possibilidades:
Antes do tratamento do câncer de próstata, seja ele via cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, o paciente pode optar por congelar seu sêmen. Essa medida, também conhecida como vitrificação, é a maneira mais eficaz de preservar os espermatozoides para uso posterior, seja na fertilização in vitro ou na inseminação artificial.
As amostras de sêmen podem ser congeladas por tempo indefinido e descongeladas quando necessário. A técnica mais comum para vitrificação é a criopreservação no vapor de nitrogênio líquido, que utiliza temperaturas muito baixas.
Recomenda-se congelar pelo menos três amostras de esperma, com intervalos determinados pelo médico, para aumentar as chances de fertilização no futuro. E as taxas de gravidez com o uso do sêmen congelado variam de acordo com a técnica de reprodução assistida e a qualidade da amostra após o descongelamento.
Se o paciente não fez o congelamento do esperma, pode-se optar pela cirurgia para coleta do sêmen diretamente dos testículos. Esse procedimento é realizado em homens que desenvolveram azoospermia e que não apresentam espermatozoides no líquido ejaculado.
A retirada pode ser feita por meio de biópsia de testículo ou punção de testículo e epidídimo, e os espermatozoides viáveis obtidos são destinados para a fertilização in vitro.
Em todo caso, todo o diagnóstico depende de uma série de situações, como estágio do câncer, idade do paciente, tratamento pelo qual será submetido, entre outras coisas.
Ao receber o diagnóstico de câncer, se a fertilidade for uma questão importante, o paciente precisa abordar esse assunto com o médico que acompanha o caso, para que juntos cheguem a um consenso viável e adequado.
Fontes:
SBU
É hora de superar os tabus e preconceitos que cercam a saúde mental masculina. A frase “homem não chora” reflete a ideia equivocada de que os homens não devem mostrar fragilidades ou expressar emoções. Infelizmente, isso leva muitos homens a reprimir seus sentimentos, prejudicando a si mesmos e às pessoas ao seu redor.
Um levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2022 indicou que globalmente, as mulheres possuem mais probabilidade de tentar o suicídio do que os homens. No entanto, o número de mortes é duas vezes maior entre homens do que mulheres. E nos países de alta renda, essa proporção é ainda mais alta, com as mortes por suicídio ocorrendo a três homens para cada mulher.
Diversos fatores podem desencadear desequilíbrios emocionais nos homens, como responsabilidades familiares, frustrações financeiras e problemas no trabalho. Dependendo da fase de vida e das demandas enfrentadas, esses desequilíbrios podem se manifestar de diferentes formas, variando de quadros de ansiedade e pânico até depressão. É fundamental compreender que a saúde mental é tão importante quanto a física e que buscar tratamento é essencial.
O corpo geralmente emite sinais de que a saúde mental não está bem. Falta de concentração no trabalho, queda no desempenho sexual, mudanças de humor, tristeza profunda e sintomas físicos, como dores de cabeça, podem ocorrer. Quando esses sinais se manifestam, a melhor opção é procurar ajuda profissional.
Psicólogos e psiquiatras são especialistas capacitados para discutir abertamente os problemas dos pacientes. Os psicólogos geralmente tratam das causas subjacentes dos problemas mentais por meio da terapia, enquanto os psiquiatras identificam transtornos específicos e prescrevem medicamentos para o tratamento. Cada caso é único, e esses profissionais podem trabalhar tanto em aspectos diferentes da vida do indivíduo quanto em conjunto.
Se houver dúvidas, não hesite em buscar auxílio e agendar uma consulta com um desses profissionais. Eles indicarão a melhor abordagem para você, ajudando-o a superar os estigmas e preconceitos associados à saúde mental masculina. Cuidar do seu bem-estar emocional é um ato de coragem, fortalecimento e autocompaixão. É hora de priorizar sua saúde mental e emocional, rompendo os tabus e buscando o suporte necessário para uma vida plena e equilibrada.
Fontes:
SBU
Em cada fase da vida do homem, há cuidados específicos que devem ser tomados com a saúde. Cuidar da saúde de maneira integral é essencial para garantir uma boa qualidade de vida. Ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos são ações que precisam ser incentivadas desde a infância até a velhice, pois trazem apenas benefícios. Confira abaixo as principais doenças que merecem atenção em cada faixa etária.
A infância é uma fase crucial para o desenvolvimento e crescimento saudável, e a atenção à saúde é fundamental. Algumas doenças merecem uma maior atenção e prevenção nesse período, e é essencial que os pais ou responsáveis estejam atentos aos sinais e sintomas dessas condições. Vamos explorar algumas dessas doenças e entender por que são importantes de se abordar:
Durante a faixa etária dos 10 aos 18 anos, é crucial prestar atenção e buscar a prevenção de diversas doenças físicas e mentais, especialmente entre o público masculino. Essa fase de transição e desenvolvimento pode apresentar desafios únicos, e abordar essas questões de saúde de forma adequada é essencial para garantir um futuro saudável. Citamos abaixo algumas doenças que merecem maior atenção entre os adolescentes:
Na fase adulta, período que compreende entre 19 e 60 anos, homens estão mais suscetíveis a certas condições de saúde, exigindo uma abordagem proativa para garantir seu bem-estar duradouro. Abaixo, destacamos algumas doenças que merecem atenção nesse período da vida:
À medida que os homens envelhecem e atingem os 60 anos, algumas doenças se tornam ainda mais prevalentes. É essencial reconhecer e entender essas condições para ter uma vida saudável e buscar tratamento adequado em tempo oportuno. Por isso, listamos abaixo algumas das doenças mais comuns nessa faixa etária:
Fontes:
SBU
Sociedade Brasileira de Pediatria
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS)
Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Ao longo do tratamento, várias dúvidas podem surgir a respeito do que é o câncer de próstata metastático e como ele afeta a trajetória de superação da doença, assim a vida do paciente e de seus familiares. Tire suas dúvidas conosco!
O câncer é considerado metastático quando ele se espalha, do local onde se originou, para outros órgãos. Quando isso acontece, é preciso iniciar outro tratamento no combate ao câncer, que será específico para o tipo de órgão afetado.
Sim. O câncer de próstata pode evoluir, principalmente, para os ossos, além do fígado, linfonodos, os pulmões e a glândula adrenal.
Quando o câncer evolui para metástase, inicia-se um novo ciclo na vida desta paciente. É preciso saber que será iniciado um novo tratamento, com outro processo na luta contra o câncer. As chances de cura contra o câncer metastático dependem de algumas variáveis, como se a descoberta foi precoce, as condições clínicas desse paciente em outros aspectos da saúde, entre outras.
Neste momento, o importante é escolher como será essa nova etapa do tratamento e contar com o apoio do médico que te acompanha, assim como sua família e amigos.
O tratamento para a metástase do câncer vai depender do local para onde ele se estendeu. Depois de ter em mãos essa informação é que o médico, em conjunto com o paciente, vai decidir quais são os próximos passos. De forma geral, para o câncer de próstata metastático, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal utilizada com a radioterapia.
Tudo vai depender do período em que esse diagnóstico chegou ao paciente e são suas condições físicas e clínicas. Alguns homens conseguem lidar com o tratamento e seguir com sua rotina normal; outros podem optar pelo afastamento profissional temporário, por exemplo.
Os cuidados paliativos envolvem uma abordagem multidisciplinar com foco na proteção e melhora da qualidade de vida do paciente e de sua família, quando estes se encontram diante de alguma doença que ameace a continuidade da vida. Nesse acompanhamento, são ofertados tratamentos que previnam ou aliviem a dor e o sofrimento, seja físico ou emocional.
A inclusão dos cuidados paliativos no tratamento do paciente metastático com câncer de próstata é feita por meio do tratamento multidisciplinar, que oferece profissionais de diversas áreas para lidar com todos os efeitos colaterais, dores, medos e anseio do paciente oncológico e, também, do seu núcleo familiar.
As principais ações de tratamentos paliativos incluem medidas terapêuticas para controlar os sintomas da doença, além de apoio em áreas psicossociais, nutricionais, exercícios para o corpo e intervenções no período de luto, caso necessário.
Em fases iniciais, o câncer de próstata possui chances mais altas de cura e uma gama maior de opções em tratamentos. Inclusive, no câncer classificado como sendo de baixo risco, o monitoramento periódico é uma opção efetiva e que não envolve tratamento imediato. A chamada vigilância ativa envolve a realização de exames regulares e biópsias.
Mas, como o tumor costuma não causar sintomas nessa etapa primária, para que o diagnóstico ocorra é crucial a realização de exames periódicos e avaliação médica, especialmente entre quem possui histórico familiar da doença ou apresenta fatores de risco. Os principais são: idade a partir dos 50 anos, alimentação com excesso de gordura animal, e exposição à produtos nocivos, como arsênio e aminas aromáticas, no local de trabalho.
Atualmente, cerca de 20% dos casos confirmados de câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados. Nessas condições, as possibilidades de tratamento reduzem, e abrangem procedimento cirúrgico de remoção da próstata, radioterapia e hormonioterapia.
Ainda que os tratamentos sejam efetuados de maneira adequada, é comum que o paciente enfrente alguns efeitos indesejados. Dentre eles, cansaço e fadiga, queda da fertilidade, problemas para urinar, perda da libido e outras questões que podem ser trabalhadas por uma equipe multidisciplinar, envolvendo urologista, fisioterapeuta pélvico e outros profissionais de saúde.
A depender do tipo de câncer e o início das intervenções, mesmo após o tratamento ele poderá evoluir para metástase, que é quando o câncer se espalha para outros órgãos e áreas do corpo. No caso do câncer de próstata, é mais frequente que ocorram metástases ósseas, que causam dor, limitação funcional, fraturas e, até mesmo, a restrição do paciente ao leito. E mesmo que não ocorra metástase, a doença local na próstata também pode causar obstrução urinária, sangramento e dor pélvica.
Em relação aos tratamentos oncológicos, também podem surgir efeitos colaterais, em maior ou menor intensidade, reversíveis ou não. Os mais comuns incluem disfunção erétil, incontinência urinária ou dificuldades para urinar.
Apesar de o câncer de próstata não ter uma causa específica, os fatores de risco podem ser amenizados. A prática dos exercícios físicos rotineiramente, aliada a uma boa alimentação, deixar de fumar e fazer o acompanhamento médico periódico contribuem para a prevenção dessa doença, que é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, no Brasil.
O diagnóstico do câncer de próstata não deve fazer com que o homem negligencie sua vaidade nem os cuidados pessoais. Na verdade, é fundamental se sentir bem e confiante para enfrentar com determinação todas as etapas após o diagnóstico.
Durante o processo de tratamento, é comum que alguns pacientes experimentem efeitos colaterais mais intensos, que podem resultar em alterações na aparência física. Embora os homens geralmente já tenham cabelos curtos, eles também podem sofrer com a queda de cabelo. No entanto, existem opções para contornar essa questão, como perucas masculinas, que permitem variar ou manter os fios.
É importante manter sempre uma aparência cuidada, não negligenciando a vaidade. Isso inclui fazer a barba regularmente, manter as unhas limpas e bem cortadas, e seguir a alimentação correta conforme orientação dada pelo médico.
Em alguns casos, pode haver restrições em relação ao uso de produtos de beleza e cremes, por conta de algumas substâncias presentes nesses itens. Portanto, é crucial conversar com o médico antes de realizar qualquer procedimento ou utilizar esses produtos.
Além dos cuidados físicos, também é essencial cuidar da saúde mental e emocional. O impacto do diagnóstico ou tratamento do câncer pode acarretar transtornos emocionais, como ansiedade e depressão. Nesse sentido, é recomendado buscar apoio psicológico, participar de grupos de suporte ou conversar com amigos e familiares próximos. O autocuidado emocional é tão importante quanto os cuidados físicos.
Manter uma atitude positiva, encontrar atividades que proporcionem prazer e relaxamento, como hobbies ou exercícios físicos leves, são maneiras eficazes e simples de fortalecer a autoestima e promover o bem-estar geral.
Vale lembrar que cada pessoa tem suas próprias necessidades e preferências, dessa forma, é fundamental respeitar os limites e escolhas individuais. O cuidado consigo mesmo deve ser adaptado às circunstâncias e às recomendações médicas.
Portanto, não deixe que o diagnóstico de câncer de próstata abale sua autoestima. A vaidade e o autocuidado podem ser aliados importantes nessa jornada, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar durante o tratamento.
Pacientes com câncer de próstata podem desenvolver metástases, principalmente nos ossos, além de fígado, glândula adrenal e pulmão.
A frequência e tipo de sintomas do câncer metastático vai depender muito de onde a metástase está. Em casos de o câncer ter se alocado em alguma região óssea, é mais provável que o paciente sinta dores na região atingida como sintoma principal.
O paciente oncológico, com ou sem metástase, deve mudar alguns hábitos que possam favorecer a sua qualidade de vida, pois a saúde torna-se a prioridade e, por isso, é preciso rever alguns comportamentos.
Não é possível afirmar que todos os pacientes tenham a necessidade de deixar suas atividades relacionadas ao trabalho, ao estudo e ao lazer. O diagnóstico é personalizado, pois além da existência da doença e efeitos do tratamento, é preciso avaliar outras condições clínicas que são fundamentais para determinar qual conduta o paciente deve seguir. Veja alguns fatores que influenciam diretamente a qualidade de vida do paciente metastático com câncer de próstata!
O câncer de próstata, quando se encontra em estágios iniciais, geralmente não causa sintomas. No entanto, os tumores em estágios mais avançados podem, às vezes, se manifestar com alguns sinais, que incluem:
Esses sintomas são provocados pelas alterações que o tumor impõe à próstata ou outros pontos do corpo em que tenha se espalhado.
Após o diagnóstico, no decorrer do tratamento do câncer de próstata, também é possível que o paciente observe algumas mudanças no corpo, devido aos efeitos colaterais do tipo de tratamento escolhido.
Seu médico poderá lhe informar exatamente o que pode acontecer com você durante esse processo. Nem todos os sintomas acontecem com os pacientes, pois eles variam de acordo com a reação de cada organismo a determinado procedimento.
De forma geral, os pacientes do câncer de próstata poderão passar pelos seguintes efeitos colaterais:
Em alguns tratamentos com hormonioterapia, o paciente também pode apresentar alterações no peso. Por isso, sempre é importante a realização do tratamento com uma equipe multidisciplinar, incluindo os cuidados paliativos nessa conduta. Assim, o paciente terá as orientações de nutricionistas, psicólogos e especialistas em atividades físicas e controle da dor, que poderão auxiliá-lo com relação às mudanças provocadas pelo processo de superação da doença.
Durante o tratamento do câncer de próstata, é normal que muitas dúvidas apareçam ao longo dessa trajetória. E é seu direito ter acesso a todas as respostas, informações sobre tratamentos, efeitos colaterais, tempo de cada etapa, entre outros.
E a sua principal fonte de informação é seu médico. Por isso, é preciso que essa relação seja de confiança e muita verdade. O paciente precisa sentir segurança no especialista, para que possa se sentir à vontade para sanar todas as dúvidas. Ao mesmo tempo, o profissional conta com sua honestidade e franqueza para informar sobre o que está enfrentando, sejam sintomas físicos ou emocionais, questionamentos e outras informações.
A dica é aproveitar ao máximo o momento da consulta. Leve todas as suas dúvidas por escrito, para não esquecer nada, e não tenha medo.
Durante o período em que estiver passando pelo tratamento, anote tudo que sente, dúvidas e informações que não ficaram claras para você. No dia da consulta, apresente esse questionário.
Outra dica importante é, sempre que puder, ir à consulta médica com um acompanhante de sua confiança: familiar ou amigo. Essa pessoa poderá ajudar você a lembrar alguma dúvida ou sintoma que você sentiu, além disso, é sempre bom estar em companhia de quem gostamos.
É importante que ao sair do consultório médico, você sinta-se tranquilo e com todas as respostas que buscou.
Cuidado com o Dr. Google! A internet é uma fonte de informação, mas é preciso muito cuidado com as informações veiculadas nas redes sociais e sites não oficiais. Nem tudo que você buscar pode ser um dado seguro ou que se enquadra à sua condição.
Além disso, cada paciente tem um diagnóstico e merece receber um tratamento personalizado. Por isso não adianta basear-se na evolução de um amigo que passa pelo mesmo câncer. O corpo e as reações de cada paciente mudam e é preciso que o médico responsável por cada caso possa esclarecer as dúvidas da melhor maneira possível e com fácil compreensão do paciente.
Também é importante discutir suas preocupações sobre como o câncer afetará sua vida e as coisas que você faz rotineiramente. Nunca deixe de fornecer informações, nem de perguntar. Seja honesto sobre seus hábitos, mesmo que sejam assuntos sobre os quais você prefira não falar. Isso significa que você deve contar tudo ao seu médico, medicamentos, hobbies, dieta alimentar, até mesmo coisas das quais você não se orgulha, como fumar, beber ou usar substâncias ilegais. Essas são questões que interferem diretamente na resposta do seu tratamento, e ele precisa dessas informações para te auxiliar a conseguir o melhor resultado.
Neste momento, muitas dúvidas surgirão, já que é uma realidade nova e diferente. Veja aqui as principais dúvidas do paciente oncológico e leve ao seu médico:
Um dos sintomas mais frequentes em paciente oncológicos é sentir dores. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dor está presente em mais de 80% dos pacientes acometidos por algum tipo de câncer. E desde 2004, o alívio da dor é considerado um direito humano.
Entre os principais motivos para que os pacientes ainda sofram com esse sintoma estão a falta de profissionais de saúde com formação adequada no manejo e controle da dor e, também, a indisponibilidade de medicamentos no sistema público de saúde.
Para ajudar os pacientes oncológicos a lidar com esse sintoma, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lançou, em 2014, o Consenso Nacional de Tratamento da Dor Oncológica. O material possui informações e dicas de tratamentos adequados para amenizar esse sintoma dos pacientes.
Dentre os princípios gerais listados na diretriz, para manejo da dor relacionada ao câncer, o documento destaca que, em todas as consultas, é importante que os médicos perguntem aos seus pacientes se eles estão sentindo dor. Eles devem tentar entender como é a dor, quão forte ela é e que tipo de dor estão sentindo. Se surgir uma nova dor ou se a dor persistir, é preciso fazer uma reavaliação.
Para avaliar a dor, é importante considerar a intensidade, como ela é fisicamente, quando ela piora ou melhora e quais atividades são afetadas. Também é importante saber como a dor afeta o sono e os movimentos.
No caso de pacientes com câncer, o objetivo é proporcionar mais conforto e melhorar a capacidade de realizar atividades diárias. É necessário abordar a dor de forma abrangente, pois geralmente há mais de uma causa e são necessárias várias intervenções. Se houver episódios de dor aguda, é preciso reavaliar rapidamente, ajustar as doses de medicamentos e investigar outras possíveis causas. Às vezes, a hospitalização pode ser necessária para um controle adequado.
A dor persistente relacionada ao câncer requer o uso regular de analgésicos, e os episódios de dor intensa exigem doses extras de medicamentos. Para o controle da dor oncológica, de forma geral, é indicado dar preferência a tratamentos simples e que não precisem de intervenções invasivas.
Geralmente, tomar remédios por via oral, ou seja, pela boca, é melhor do que usar adesivos ou injeções. Se for escolhido um analgésico opioide, é importante tomá-lo regularmente, todos os dias, para que o nível certo do medicamento seja mantido no sangue.
Outra recomendação muito importante é de que, para tratar a dor causada pelo câncer, é importante que os pacientes e suas famílias entendam os remédios prescritos e os objetivos do tratamento. É fundamental seguir o tratamento corretamente e ter uma boa comunicação com a equipe médica.
Além disso, os profissionais de saúde devem esclarecer dúvidas e tabus em relação a vícios e efeitos colaterais dos analgésicos. Eles também devem acompanhar regularmente os pacientes, estar disponíveis para responder perguntas e criar programas de tratamento simples e fáceis de seguir. E além dos remédios, outras opções que não envolvam medicamentos, como acompanhamento psicológico e fisioterapia, também devem ser consideradas.
Os cuidados paliativos aliam a medicação convencional à não convencional e enxergam o homem como um todo, unificando corpo físico, mente e espírito. Eles são caracterizados pela abordagem na melhora da qualidade de vida do paciente e de sua família, oferecendo um tratamento que alivia a dor, o desconforto e todos os outros sintomas de ordem física e emocional.
Principais conceitos dos cuidados paliativos
Depois de um diagnóstico de câncer de próstata, é essencial que a família solidifique ainda mais os laços fraternos, para que o paciente se sinta acolhido em todos os âmbitos.
E essa cumplicidade deve ser uma via de mão dupla. O paciente também deve lembrar que os familiares e amigos mais próximos passam por todas as etapas do câncer junto com ele, e podem não saber ao certo como lidar com essa situação.
A comunicação aberta e sincera é fundamental quando se trata de compartilhar o diagnóstico de câncer de próstata com seu círculo íntimo. Ao receber o diagnóstico, é normal sentir medo, ansiedade e incerteza sobre como contar aos entes queridos. No entanto, é importante lembrar que a família é uma rede de apoio crucial durante o tratamento e pode oferecer conforto e compreensão.
Se você teve a companhia de alguém ao receber o diagnóstico, peça a essa pessoa que o acompanhe no momento de compartilhar essa informação com outros. Isso pode ajudá-lo a ter mais segurança.
Para iniciar a conversa, é recomendado escolher um momento tranquilo e adequado, garantindo que haja tempo suficiente para uma discussão aberta. Reúna-se com seus familiares em um ambiente acolhedor, onde todos possam se sentir à vontade para expressar seus sentimentos e fazer perguntas.
Ao compartilhar o diagnóstico, seja sincero e aberto sobre as etapas do tratamento. Isso permitirá que seus familiares entendam melhor o que você está passando e se preparem para apoiá-lo de maneira eficaz. É importante lembrá-los de que o câncer de próstata não é uma sentença de morte, mas uma condição tratável, e que você precisará de seu apoio ao longo do processo.
Além disso, encoraje seus familiares a participar das consultas médicas. Ter um ente querido presente durante as consultas pode ajudar a esclarecer dúvidas e fornecer um apoio adicional. Isso também permitirá que eles se sintam envolvidos e informados sobre o tratamento.
Além de cuidar de si mesmo e de sua família, você também pode se tornar um exemplo e multiplicador de informações sobre a prevenção do câncer de próstata. Compartilhe as orientações e recomendações com seu círculo social, conscientizando as pessoas sobre a importância dos exames regulares e do diagnóstico precoce.
Lembre-se de que você não está sozinho nessa jornada. Sua rede de apoio, que inclui amigos e familiares, está ao seu lado para oferecer amor, apoio e força. Ao fortalecer os laços fraternos e manter uma comunicação aberta, você encontrará conforto e esperança durante o tratamento do câncer de próstata. Juntos, vocês podem enfrentar essa adversidade e superá-la com união e determinação.
Em 2020, o Instituto Lado a Lado pela Vida, criador do Novembro Azul, em parceria com os criativos Leonardo Telles, Guilherme Serato, Marcelo Marui e Saulo Vinheiro lançou um projeto inovador e provocativo: ‘Lave o Dito Cujo’. O objetivo foi conscientizar os homens brasileiros sobre o câncer de pênis e a importância da higiene correta do órgão genital, pois essa é a forma de prevenir esse tipo de câncer, assim como a imunização contra o vírus HPV. Anualmente, esse câncer leva cerca de 1.600 homens a terem o pênis amputado, parcial ou totalmente.
O projeto consistiu na criação de um calendário no Instagram, no perfil @laveoditocujo, que durante os 365 dias do ano publicou ilustrações de diversos artistas do Brasil e também do exterior, sempre bem-humoradas e inspiradas na temática da higiene íntima.
A limpeza correta do pênis reduz as chances da doença ocorrer. Entre os fatores de risco, está a fimose, que impede a exposição da glande (cabeça do pênis) e o acúmulo de esmegma (secreção branca resultante da descamação celular). A falta de informação e de acesso à saúde, condição frequente em países com grande desigualdade social, fazem com que os homens cheguem ao sistema de saúde com a doença em estado avançado, com poucas chances de cura.
Reduzir significativamente o câncer de pênis no Brasil é uma das metas do Instituto Lado a Lado pela Vida, como parte da campanha Novembro Azul, maior movimento do país em prol da Saúde Integral do Homem.
O câncer de pênis é um tumor raro, com baixa incidência em países desenvolvidos, onde a incidência é inferior a 1 por 100.000 indivíduos. Em países em desenvolvimento como é o caso do Brasil, a taxa é mais elevada. Nosso país é o que possui uma das maiores incidências desse câncer no mundo, sendo que em alguns Estados, como no Maranhão e Piauí a sua incidência é considerável, assim como em indivíduos que vivem nas zonas rurais, pela dificuldade de acesso à informação e ao serviço de saúde.
Um fator relevante no Brasil para o pouco conhecimento da doença é a sub-notificação e/ou o registro equivocado quando o paciente chega ao Sistema de Saúde, principalmente no SUS. Muitos casos são identificados como lesão na pele.
Seguem quatro dicas básicas e muito importantes para ajudar os homens a manterem a limpeza do pênis e a saúde.
A limpeza envolve puxar o prepúcio, a prega de pele que recobre a glande, até que ela apareça totalmente. Passe água e sabonete sobre a superfície da mucosa e na pele suavemente, até sair toda a camada de gordura acumulada. Essa gordura, é dado o nome de esmegma. Ela é uma secreção branca composta de células descamadas da pele e óleos produzidos por glândulas penianas, e precisa ser retirada completamente para que seja afastado o risco de proliferação de bactérias e fungos no local.
Este é um ponto importante: a limpeza adequada do pênis depois do ato sexual, pois ela ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo. A higiene também serve para retirar o muco da lubrificação natural da mulher junto com resíduo de secreção espermática após a ejaculação, já que ambos são ricos em substâncias que servem como meio de cultura para bactérias e fungos.
O uso de preservativos em qualquer relação sexual é fundamental. Essa atitude previne contra o vírus HIV e as demais doenças sexualmente transmissíveis, como HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e sobretudo sífilis, doenças que vem apresentando aumento no número de ocorrências no Brasil, acompanhando uma tendência mundial.
A vacina contra o HPV em meninos de 9 a 14 anos é muito importante para prevenir o câncer de pênis na idade adulta. Oferecida gratuitamente pelo Sistema Unico de Saúde (SUS), é importante ainda para evitar a transmissão do vírus para parceiras ou parceiros. Além do câncer de pênis, o HPV pode causar outros tipos de cânceres que também poderiam ser evitados, como câncer de colo do útero, orofaringe e ânus.
O Instituto Lado a Lado pela Vida publica diversos conteúdos em vídeo dedicados à saúde do homem no nosso canal do YouTube e nas redes.
Tá no ar mais um Lado a Lado na Rua! Fomos às ruas de São Paulo para saber o quanto as pessoas estão por dentro da saúde do homem.
No mês do Novembro Azul, é importante falarmos não só de câncer de próstata, mas sim da saúde integral do homem.
Aqui, tópicos que atingem a saúde do homem como um todo são abordados, como saúde sexual, outros tipos de câncer
e saúde mental.
Em 2020, o Instituto Lado a Lado pela Vida, criador do Novembro Azul, em parceria com os criativos Leonardo Telles, Guilherme Serato, Marcelo Marui e Saulo Vinheiro lançou um projeto inovador e provocativo: ‘Lave o Dito Cujo’. O objetivo foi conscientizar os homens brasileiros sobre o câncer de pênis e a importância da higiene correta do órgão genital, pois essa é a forma de prevenir esse tipo de câncer, assim como a imunização contra o vírus HPV. Anualmente, esse câncer leva cerca de 1.600 homens a terem o pênis amputado, parcial ou totalmente.
Em outubro de 2016, o Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Kaiser Associates, divulgou a pesquisa “Entendendo a situação atual do cuidado do homem brasileiro com a sua saúde para a Campanha Novembro Azul 2016”. A iniciativa teve como objetivo analisar a saúde do homem brasileiro e desenvolver estratégias para promover um estilo de vida mais saudável e feliz.
A pesquisa contou com a participação de 1.132 pessoas, revelando um perfil diversificado dos entrevistados. A faixa etária mais representativa foi entre 18 e 30 anos, respondendo por 48% dos participantes, e 38% possuíam uma renda familiar entre 2 e 5 salários-mínimos. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro se destacaram, compreendendo 44% da amostra, e a maioria dos entrevistados (65%) vivia em capitais ou regiões metropolitanas. A pesquisa também evidenciou que 76% dos respondentes estavam empregados e 56% possuíam plano de saúde, sendo que os casados e empregados tinham maior probabilidade de possuir um plano. Dentre os resultados principais, verificou-se que 74% dos homens entrevistados haviam consultado um médico nos últimos seis meses, sendo mais comum entre aqueles com plano de saúde. Surpreendentes 85% dos homens com plano de saúde fizeram consultas nesse período, enquanto apenas 59% dos que não possuíam plano realizaram o mesmo.
Quando se tratava de especialidades médicas, metade dos respondentes procurou um clínico geral para um check-up, e apenas 10% visitaram um urologista nos últimos 6 meses. Esse número aumentava para 15% entre os homens com mais de 40 anos. É relevante notar que apenas 4% dos entrevistados buscaram médicos para prevenção do câncer de próstata, mas quando restrito aos homens acima de 40 anos, esse número subiu para 13%. Já os exames preventivos de câncer de próstata foram realizados por 12% dos entrevistados, chegando a 38% entre os homens com mais de 40 anos. Tais dados ressaltam a importância do clínico-geral na prevenção dessa doença.
Ainda de acordo com a pesquisa, somente 10% dos homens fizeram o autoexame do pênis e dos testículos nos últimos 6 meses. Além disso, o fato de conhecer alguém próximo que enfrentou o câncer de próstata não parece influenciar a busca por prevenção, uma vez que 32% dos entrevistados tinham esse conhecimento, mas a taxa de prevenção permanecia baixa.
Outros exames preventivos comuns incluíram hemograma, colesterol e glicemia em jejum, realizados por 58%, 48% e 44% dos entrevistados, respectivamente. As doenças de maior incidência entre a amostra pesquisada foram hipertensão arterial, colesterol elevado, doenças respiratórias e obesidade. A hipertensão arterial foi a responsável pelo maior consumo de medicamentos, sendo mais frequente (15%) entre pessoas com plano de saúde.
Os hábitos alimentares também foram avaliados, e a pesquisa mostrou que os entrevistados consumiam, em média, frutas, verduras ou legumes em 4,1 vezes por semana, enquanto o consumo de bebidas alcoólicas acontecia, em média, 1 vez por semana. O acesso a sites pornográficos para buscar ereção foi relatado por 50% dos entrevistados, sendo mais frequente entre os mais jovens, solteiros e pessoas com maior renda familiar.
Quanto à prática de exercícios físicos, em média, os entrevistados se exercitavam 2,6 vezes por semana. A prática se torna ainda mais frequente entre aqueles com renda familiar acima de 10 salários-mínimos e com até 40 anos, além dos solteiros.
Em relação ao bem-estar emocional, a pesquisa constatou que 38% dos entrevistados se consideravam pessoas estressadas, enquanto 82% se consideravam pessoas felizes. Destes, os entrevistados desempregados apresentaram menor índice de felicidade.
Os resultados do levantamento evidenciam a importância de desenvolver estratégias voltadas para a promoção da saúde do homem brasileiro, incentivando a prevenção de doenças e a adoção de hábitos saudáveis em todas as faixas etárias e classes sociais. E esses são alguns dos objetivos do Novembro Azul, a campanha lançada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em 2011 e que, desde então, vem desenvolvendo ações por todo país, que contribuem para uma vida mais feliz, saudável e duradoura da população masculina.
A pesquisa inédita “Um Novo Olhar para a Saúde do Homem”, realizada em parceria entre a revista SAÚDE, a área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril e o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), com o apoio da farmacêutica Astellas Farma, trouxe à tona dados preocupantes sobre a saúde dos homens brasileiros. O estudo foi realizado por meio de questionários respondidos via internet, entre os meses de junho e julho de 2019, com a participação de mais de 2.400 homens, de todas as regiões do país, sendo metade deles usuários do sistema público de saúde e quase dois terços com 40 anos ou mais.
Uma das principais constatações é que mais de um terço dos homens relataram não ir ao médico ao menos uma vez ao ano, sendo a vergonha, o preconceito e barreiras culturais os principais motivos que os mantêm longe dos consultórios médicos. Apesar de uma diminuição, esses fatores ainda representam um obstáculo significativo para o cuidado da saúde masculina.
Outro ponto alarmante revelado pela pesquisa é a fragilidade emocional dos homens, com uma parcela significativa relatando ansiedade (63%), tristeza (46%) e depressão (23%). Isso mostra a importância de abordar a saúde masculina de forma mais abrangente, cuidando também da saúde mental dos homens.
Embora o conhecimento sobre hábitos saudáveis seja presente, há uma dificuldade na transposição para a rotina diária. A prática de atividade física é realizada por apenas 35% dos participantes pelo menos três vezes por semana, e quase 80% relatam exceder em açúcar, gordura, sal ou alimentos industrializados. O controle do peso também se mostra como um grande desafio, com metade da amostra se considerando acima ou muito acima do peso.
Os problemas cardiovasculares, principais causas de morte no Brasil, também estão presentes nos dados da pesquisa. Mais da metade dos participantes não se sente bem do ponto de vista cardiovascular, com autorreferências expressivas de hipertensão, colesterol alto e excesso de peso. Porém, 43% dos homens não costumam fazer exames cardiológicos, e apenas 39% procurariam imediatamente um médico em caso de dor no peito, por exemplo.
A pesquisa também aborda a relação dos homens com o médico urologista. Embora a maioria dos participantes reconheça esse profissional como o médico do homem, quase 60% não costumam consultar esse especialista. Entre os sintomas que podem demandar uma consulta, como problemas urinários e disfunções sexuais, a necessidade de aproximar os pacientes dos urologistas fica evidente.
No que diz respeito ao câncer de próstata, embora alguns participantes tenham noções sobre o tema, ainda existem lacunas de conhecimento sobre o exame de PSA e o rastreamento em negros. Além disso, cerca de um terço dos homens com 50 anos ou mais nunca realizaram o exame de PSA ou o toque retal. A falta de indicação médica é apontada como principal motivo para não se submeter a esses exames.
Segundo a pesquisa, aproximadamente 94% dos entrevistados afirmaram estar familiarizados com o Novembro Azul, e notavelmente, 32% relataram que suas atitudes foram modificadas após participarem ou testemunharem as ações da campanha.
O Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em 2011, e suas iniciativas ocorrem ao longo de todo o ano, não se limitando apenas ao mês tradicionalmente reconhecido como dedicado à conscientização sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Essa abordagem ampla visa a enxergar o homem em sua totalidade, contemplando todas as fases de sua vida.
Em vista dos resultados alarmantes, a pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem mais abrangente da saúde do homem, que inclua tanto o aspecto físico quanto o emocional. Informação, acesso aos profissionais de saúde e quebra de estigmas são fundamentais para melhorar a saúde e o bem-estar dos homens brasileiros.
No ano de 2020, o mundo deu início ao enfrentamento da pandemia desencadeada pelo novo coronavírus, o que colocou a saúde no centro de todas as discussões. De acordo com o Ministério da Saúde, a Covid-19 se mostrou mais letal entre homens pardos, com mais de 60 anos e com comorbidades.
Em meio a esse cenário desafiador, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) decidiu investigar como o vírus, a doença por ele causada e suas consequências afetaram a saúde da população masculina brasileira. O estudo “A saúde do homem na pandemia” teve como objetivo medir os sentimentos, mapear a saúde física e emocional dos homens de todas as faixas etárias e compreender as mudanças na rotina diante do maior desafio sanitário global já enfrentado.
A divulgação dos resultados ocorreu durante o mês da campanha Novembro Azul, o movimento criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em 2011 e que se tornou amplamente conhecido no Brasil. A principal mensagem da campanha é alertar para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, buscando conscientizar os homens sobre o cuidado integral com a saúde.
O estudo, realizado entre 15 de julho e 21 de setembro, foi coordenado pela especialista em pesquisas e inteligência de mercado, Roberta Pimenta, e contou com a participação de 1.080 homens de todas as regiões brasileiras, com idades entre 14 e mais de 66
anos.
Um dos principais aspectos revelados pela pesquisa foi o impacto na saúde mental dos participantes, uma vez que 96% deles declararam vivenciar ao menos um sentimento negativo durante a quarentena, como ansiedade, estresse e desânimo. Surpreendentemente, apesar de 87% dos entrevistados acreditarem que sua saúde física está bem, esse índice cai para 78% quando questionados sobre sua saúde mental. Ainda mais significativo é o fato de que apenas 19% se autoavaliaram como muito bem em relação à saúde mental, em comparação aos 33% que se consideraram muito bem em relação à saúde física.
Em relação à saúde física, 60% dos homens declararam possuir ao menos um fator de risco para o agravamento da Covid-19, sendo que 15% apresentam a combinação de três ou mais fatores de risco. Os hipertensos foram o grupo com a maior prevalência de comorbidades (81%), principalmente relacionadas à obesidade, diabetes e idade acima de 60 anos.
As medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus tiveram grande adesão entre os entrevistados: 96% afirmaram usar máscara ao sair de casa; 89% evitam aglomerações; 88% lavam as mãos frequentemente; e 70% utilizam álcool para higienização. No entanto, os dados indicam que os jovens têm maior tendência a quebrar o isolamento social, com 25% deles declarando não evitar aglomerações e um terço saindo de casa mesmo sem necessidade. A partir dos 46 anos, é quase unânime a adoção da medida de evitar aglomerações, embora os homens ainda saiam de casa sem necessidade nessa faixa etária.
Quanto ao acesso aos serviços de saúde, 17% dos entrevistados relataram ter sido atendidos remotamente por médicos, psicólogos ou outros profissionais de saúde. No entanto, 44% declararam ter diminuído a frequência de visitas ao médico, 13% interromperam tratamentos médicos que realizavam antes da pandemia e 10% adiaram cirurgias ou procedimentos médicos. Além disso, os atendimentos remotos foram mais frequentes entre aqueles que possuem plano de saúde, sendo reportados por apenas 11% dos homens atendidos exclusivamente pelo SUS.
A pesquisa “Você e a Covid-19 – A saúde do homem na pandemia” revelou importantes dados sobre o impacto da pandemia na saúde dos homens brasileiros, apontando para questões relacionadas à saúde mental, comorbidades e acesso aos serviços de saúde. Essas informações ressaltam a importância de campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, para incentivar a busca por cuidados integrais e o diagnóstico precoce, contribuindo para a promoção da saúde masculina no país.
O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), em parceria com a Omens, plataforma digital voltada à saúde sexual masculina, apresentou em outubro de 2021 os resultados da pesquisa “Sexualidade em período de Covid-19 Novembro Azul e Câncer de Próstata”. O levantamento, conduzido pelo DataFolha, buscou entender a visão da população em relação ao exame de toque retal, a cura do câncer de próstata e suas possíveis consequências.
O estudo, que contou com a participação de homens e mulheres internautas com 18 anos ou mais de todas as regiões do país, utilizou metodologia quantitativa por meio de entrevistas online, via painel de internautas. A idade média dos participantes foi de 37 anos, e a pesquisa abrangeu todas as regiões do Brasil, totalizando 1.000 entrevistas online.
De acordo com o relatório, 95% dos entrevistados reconhecem a importância do exame de toque retal na prevenção do câncer de próstata. O resultado é considerado positivo, haja visto o tabu que ainda cerca a realização do exame de toque. No entanto, o índice de homens adultos que já realizaram o exame é baixo, sendo apenas 19%, e entre aqueles com 50 anos ou mais, o índice aumenta para 56%.
Quanto à crença na cura do câncer de próstata, 78% dos entrevistados concordam que a doença é tratável, sendo que 51% concordam totalmente com a afirmação e 27% em parte. A pesquisa revela que os índices de concordância são mais altos entre os que acreditam que o exame de toque retal interfere na masculinidade do homem e entre os que avaliam que o exame pode gerar impotência sexual.
Apesar da relevância do exame de toque retal na prevenção do câncer de próstata, 72% dos participantes nunca o fizeram, mas estariam dispostos a realizá-lo caso fosse necessário. Entre os homens com 50 anos ou mais, o índice dos que nunca realizaram o exame diminui para 40%. Por outro lado, 6% dos entrevistados nunca fizeram e não pretendem fazer o exame, e 2% não opinaram.
Em relação à disfunção erétil e incontinência urinária como consequências de tipos de câncer, incluindo o de próstata, de pênis e de testículo, aproximadamente quatro em cada dez entrevistados concordam em alguma medida com as frases. Novamente, os índices são mais altos entre aqueles que acreditam que o exame de toque retal interfere na masculinidade do homem e entre os que acreditam que o exame pode provocar disfunção erétil.
Outro dado relevante obtido por meio do questionário é que 24% dos entrevistados concordam com a frase “Todo paciente que faz cirurgia na próstata apresenta problemas de disfunção erétil ou de incontinência urinária”. Porém, 19% não concordam nem discordam, 30% discordam e 27% não opinaram sobre a afirmação.
As respostas relacionadas à crença de que ocorre impotência ou incontinência após o diagnóstico de alguns desses cânceres demonstraram uma significativa falta de informação, tanto entre homens como entre as mulheres entrevistas. Nesse sentido, campanhas como o Novembro Azul, que se dedicam ao esclarecimento e à educação sobre essas questões, provam-se como iniciativas altamente benéficas para desmistificar e orientar a população em geral.
Em novembro de 2021, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) e a Gillette, marca líder no mercado de lâminas de barbear no mundo, uniram-se para lançar a pesquisa inédita “10 respostas sobre a saúde do homem”. O material traz dados relevantes sobre a visão da população masculina em relação ao autocuidado, rede de apoio e atendimento médico, prevenção, crenças e diagnóstico de doenças como o câncer de próstata. O estudo foi realizado em comemoração aos 10 anos do Novembro Azul, campanha criada pelo LAL para conscientizar sobre a saúde masculina. Foram ouvidos 1.800 homens, com idades entre 18 e 65 anos, sendo 1.000 de diversas regiões brasileiras e 800 de outros países latino-americanos, sendo México, Argentina e Colômbia.
Os resultados da pesquisa indicaram algumas informações alarmantes, como o fato de que 62% dos brasileiros só procuram o sistema de saúde quando têm sintomas insuportáveis e apenas 43% reconhecem que pertencem ao grupo de risco e precisam se cuidar.
O estudo revelou ainda que 53% dos brasileiros buscam informações sobre saúde no Google, 34% assistem a vídeos no YouTube e 9% preferem mídias sociais de artistas e médicos para se informar. Além disso, apenas 18% das empresas realizam campanhas de esclarecimento sobre riscos à saúde para apoiar o autocuidado dos funcionários.
Um dado positivo foi que, durante a pandemia, 90% dos brasileiros encontraram motivação para cuidar mais da saúde e observar o corpo com mais atenção. Isso resultou em ações que vão desde a adoção de uma alimentação mais saudável até a compreensão da importância da imunização e a redução do consumo de bebida alcoólica e tabaco.
Quando questionados sobre o que significa cuidar da saúde, 65% dos entrevistados acreditam que é ir ao médico quando há algum problema, 36% consideram que significa frequentar academia regularmente e 17% acham que é jogar futebol nos fins de semana.
A pesquisa também trouxe comparações entre os brasileiros e os latino-americanos. Os homens da América Latina se mostraram mais otimistas em relação à própria saúde, com 90% considerando-a de excelente a boa, enquanto esse índice é de 83% entre os brasileiros. Além disso, os homens brasileiros estão mais informados sobre a importância do exame de toque retal para a detecção do câncer de próstata (77%), em comparação com 55% dos homens latino-americanos.
No que diz respeito ao câncer de próstata, a maioria dos homens está atenta e não ignora ou subestima a doença. No entanto, uma parcela significativa, entre 15% e 20%, ainda não sabe como a doença evolui e se deve ser monitorada. Preocupantemente, 39% dos homens brasileiros acreditam que o câncer de próstata acabará com sua vida sexual e 16% acreditam que a doença sempre causará impotência.
O estudo não só revelou informações relevantes sobre o comportamento e as percepções dos homens em relação à saúde, como enfatizou a importância de campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, para quebrar estigmas e incentivar o autocuidado masculino no Brasil e na América Latina. A iniciativa visa dar a todos a oportunidade de desenvolver hábitos de saúde melhores, garantindo uma vida mais saudável e segura para os homens em geral.
O Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a plataforma de saúde sexual masculina Omens, conduziu, em mais uma iniciativa da Campanha Novembro Azul, uma abrangente pesquisa nacional sobre o câncer de próstata e o exame de toque retal. O levantamento “Câncer de próstata e exame de toque retal no Brasil” contou com a participação de mil brasileiros de diferentes regiões do país e foi aplicado pelo Instituto Datafolha, em outubro de 2021. Os resultados oferecem insights relevantes sobre a percepção da sociedade em relação a esses temas cruciais, que são abordados pelo Novembro Azul.
A divulgação do levantamento marca os 10 anos da campanha, celebrados em 2021. Criada pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL), a iniciativa tem mobilizado, desde então, diversos setores da sociedade, incluindo entidades privadas e o poder público, em prol da saúde masculina.
O questionário online foi aplicado a homens e mulheres com 18 anos ou mais, sendo que 48% dos participantes eram homens e 52% mulheres. A média de idade dos entrevistados foi de 37 anos, com 87% situados na faixa etária de 18 a 49 anos.
Em relação à escolaridade, a maioria dos participantes (76%) possuía Ensino Médio ou Superior completo, e em relação à renda, 48% pertenciam às classes A e B, enquanto 43% estavam na classe C, e os demais se enquadravam nas classes D e E. Quanto à distribuição regional, 44% dos entrevistados residiam na região Sudeste, 23% no Nordeste, 16% no Sul e 17% nas regiões Centro-Oeste e Norte.
O exame de toque retal foi reconhecido como de extrema importância para a prevenção do câncer de próstata por 95% de todos os participantes, enfatizando a conscientização acerca da relevância do exame periódico para homens a partir dos 50 anos de idade. A importância do exame aumentou para 99% na faixa etária de 50 anos ou mais.
Apesar de antigamente associado a tabus de cunho sexual, o exame de toque retal é fundamental para o diagnóstico de alterações na próstata. Para a maioria dos entrevistados (88%), o procedimento não interfere na masculinidade do homem que o realiza, enquanto 9% acreditam que possa interferir e 4% não têm certeza.
Surpreendentemente, apenas 56% dos homens com 50 anos ou mais já realizaram o exame de toque retal, e 40% afirmaram que nunca o fizeram, mas o fariam caso necessário. O diagnóstico precoce é crucial para a eficácia do tratamento, e a recomendação é que homens com 50 anos ou mais se submetam ao exame, especialmente aqueles que integram grupos de risco. No entanto, 6% dos entrevistados declararam que nunca fariam o exame no futuro, o que ressalta a importância contínua da conscientização.
A pesquisa também buscou compreender a percepção dos brasileiros em relação aos cânceres trabalhados na campanha Novembro Azul, abrangendo o câncer de próstata, de pênis e de testículos. Foi constatado que 78% dos brasileiros acreditam que o câncer de próstata é uma doença curável, o que reforça a necessidade de informação e conscientização para garantir o diagnóstico precoce e, consequentemente, maiores chances de cura. Outro aspecto importante revelado pela pesquisa é a desinformação acerca dos efeitos colaterais desses tipos de câncer. A crença de que o câncer de próstata, testículo e pênis pode levar a problemas de disfunção erétil e incontinência urinária foi manifestada por 39% dos brasileiros. Esclarecer esses equívocos é uma das próximas etapas na educação da população, visando desmistificar a doença e incentivar mais homens a buscar tratamento. Curiosamente, aqueles que acreditam que o exame de toque retal interfere na masculinidade ou pode causar impotência são os que apresentam a maior incidência de discordância em relação a esse tema. Além disso, mulheres também apresentaram níveis significativos de discordância, demonstrando que esclarecer essas questões se torna ainda mais crucial. Em relação à correlação entre cirurgias da próstata e problemas de disfunção erétil ou incontinência urinária, 30% dos entrevistados discordaram, ressaltando a importância de esclarecer as informações e desfazer equívocos relacionados a essas condições. Em suma, os resultados da pesquisa “Câncer de próstata e exame de toque retal no Brasil” fornecem uma visão abrangente das percepções dos brasileiros em relação ao câncer de próstata e ao exame de toque retal, ressaltando a relevância do Novembro Azul na conscientização e na luta pela saúde masculina. A disseminação de informações precisas é essencial para combater a desinformação e garantir que mais homens tenham acesso ao diagnóstico precoce, aumentando suas chances de tratamento bem-sucedido e cura.
A chance de cura do câncer de próstata
diagnosticado precocemente pode chegar a 90%.
Nunca imaginei que fosse passar por isso, mas vencer a vergonha salvou minha vida. Fazer o exame foi atitude de coragem, não de fraqueza.
Levei anos para procurar o médico por preconceito. Quando recebi o diagnóstico, me arrependi de não ter ido antes. Diagnóstico precoce fez toda diferença.
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